Curso Tecnologias na Aprendizagem

Texto redigido pela Professora Carmelina Borges de Almeida Barreto nas formações do PROVE, sob a orientação do Professor Douglas F. Tomé, que ocorrem na Emef Mauro Faccio Gonçalves - Zacaria.

Neste curso estamos discutindo a importância do uso das novas tecnologia na escola como uma ferramenta que poderá despertar no aluno o gosto pela descoberta e por conseqüência o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem que é um dos principais objetivos da escola. Quando o aluno tem acesso as novas tecnologias no ambiente escolar percebe-se que sente-se próximo da realidade atual, pois não podemos desconsiderar que o aluno de hoje nasceu na era da informática, ou seja, a tecnologia faz parte do seu cotidiano e é utilizada como recurso de acesso e inclusão no meio em que vive. Neste contexto, é importante que a escola leve em consideração esta realidade e busque meios para que o aluno possa perceber o sentido e o proveito que poderá tirar do uso das tecnologias para avançar nas suas aprendizagens, de forma autonoma sendo o principal protagonista na busca do conhecimento. O uso inteligente do computador na educação é justamente aquele que tenta provocar mudanças na abordagem pedagógica vigente ao invés de colaborar com o professor para tornar mais eficiente o processo de transmissão de conhecimento. Quando pensamos em inclusão escolar e social e o uso de tecnologias. Educar, envolve assumir os desafios de estimular os alunos no desenvolvimento de competências pertinentes ao contexto global. Dentre as múltiplas competências exigidas, podemos destacar as habilidades de convivência e a capacidade de explorar e transformar os conhecimentos socialmente construídos, colocando-os em prática.. As novas tecnologias permitem a ampliação do universo de conhecimentos que circulam na sociedade, diversificando experiências e interações, facilitando assim o processo de inclusão. No entanto, para que isso ocorra, cada vez mais se torna importante a formação de profissionais flexíveis, imbuídos do desejo de se manterem atualizados acerca dos mecanismos culturais e tecnológicos contemporâneos. E sem deixar de valorizar a diversidade, a postura ética e humanística da relação pedagógica.



As novas modalidades de uso das tecnologias da informação na educação apontam para uma nova direção. O uso destas tecnologias não como "máquina de ensinar" mas, como uma nova mídia educacional, ferramenta educacional de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino. Isto tem acontecido pela própria mudança na nossa condição de vida e pelo fato de a natureza do conhecimento ter mudado. Hoje, nós vivemos num mundo dominado pela informação e por processos que ocorrem de maneira muito rápida e imperceptível. A construção do conhecimento através do computador tem sido denominada por Papert de construcionismo (Papert, 1986). Ele usou esse termo para mostrar um outro nível de construção do conhecimento: a construção do conhecimento que acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse, como uma obra de arte, um relato de experiência ou um programa de computador. Na noção de construcionismo de Papert existem duas idéias que contribuem para que esse tipo de construção do conhecimento seja diferente do construtivismo de Piaget. Primeiro, o aprendiz constrói alguma coisa ou seja, é o aprendizado através do fazer.. Segundo, o fato de o aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa.


Valente, J.A. (1993a). Diferentes Usos do Computador na Educação. Em J.A. Valente (Org.), Computadores e Conhecimento: repensando a educação (pp.1-23). Campinas, SP: Gráfica da UNICAMP. Valente, J.A. (1993b). Por Quê o Computador na Educação. Em J.A. Valente (Org.), Computadores e Conhecimento: repensando a educação (pp. 24-44). Campinas, SP: Gráfica da UNICAMP.

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