Tecnologia – Um Facilitador à Aprendizagem - Artigo da Revista PROVE 2013

Tecnologia – Um Facilitador à Aprendizagem


Tecnologias na Aprendizagem


Douglas Ferreira Tomé[1]


As TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) invadem nossas vidas e os ambientes escolares. Celulares, que são pequenos computadores com acesso a Internet; Tablet com o  encanto do touch e agilidade no seu uso; Projetores Interativos, com recursos de contribuir no processo da aprendizagem dos alunos.


São e-mails, redes sociais e uma série de novidades que são apresentadas todos os dias, onde nossos alunos assimilam de forma clara e rápida.


O grande desafio continua sendo a utilização da sala de aula. Muitos são os relatos sobre a falta de preparo dos professores para trabalhar com essa tecnologia. No PROVE deste ano, o curso Tecnologia na Aprendizagem apresentou a propostas de explorar blogs educativos, onde cada participante foi desafiado a criar um blog de sua disciplina, criando publicações e momentos de interação que auxiliasse seus alunos na aprendizagem.


Não é mais possível, em pleno Século XXI, deixarmos as habilidades que o aluno deve desenvolver ao integrar os processos inovadores na educação. Essas habilidades envolvem a criatividade, colaboração, organização das informações, resolução de situações problemas, ser um cidadão digital praticando o uso seguro e responsável das informações e da tecnologia, construindo o conhecimento de forma colaborativa.


Parcerias são necessárias e professores, alunos e gestores aprendem juntos, envolvendo-se no processo mediador da aprendizagem.


Não é mais possível esperar que a mudança aconteça sozinha. É necessário o envolvimento, o investimento e dedicação de todos, para saber se estamos no caminho certo ou se é apenas uma “moda” passageira.


A seguir, dois professores, que participam da formação “Tecnologias na Aprendizagem”, relatam sobre o uso dessas tecnologias.


O USO DA TECNOLOGIA COMO FACILITADORA DA APRENDIZAGEM NA ESCOLA[2]


A tecnologia é um elemento que ajuda o aluno a aprender e nesse contexto provoca enormes transformações, modificando a relação escola-aluno.


O avanço tecnológico surgiu com a chegada do computador aliado a internet. E a educação pegou carona no mundo digital usando a tecnologia ao seu favor, aperfeiçoando e aplicando os recursos e ferramentas na melhoria de sua qualidade.


 Essas ferramentas tecnológicas além de facilitar o acesso aos novos conhecimentos servem também de base na transmissão de conhecimento de maneira a melhorar a teoria em prática.


A sociedade está em transformação e a escola tenta se modernizar para acompanhar o mundo da tecnologia e da globalização enfrentando os novos desafios.


O professor como mediador tem papel significativo e é dele a missão de buscar alternativas viáveis para fazer desaparecer o desinteresse dos alunos que não querem se envolver e participar dos projetos implantados pela escola. 


O professor que usa a tecnologia na escola além de somar as dificuldades encontradas na sala de aula tem que aliar as três vertentes, ou seja, mostrar que domina o conteúdo, os recursos tecnológicos e praticidade técnica do conhecimento adquirido.


O ensino modifica-se a cada momento e o tradicionalismo vai sendo substituído por uma educação em que o conhecimento, o aprendizado e a informação numa escola moderna, atual e contemporânea, alguns modelos precisam ser extintos, aquele em que o professor dita e o aluno copia já não funciona, e neste caso, não desperta mais interesse no aluno, nada melhor do que alterar esse método de ensino de forma que a aula se torne mais interessante e seja mais dinâmica e atrativa, para construirmos um indivíduo crítico consciente do seu papel como cidadão no mundo politizado.


O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO[3]


É evidente a insatisfação dos alunos em relação a aulas tradicionais, aulas expositivas nas quais são utilizados apenas o quadro-negro e o giz. O aprender por aprender já não existe: hoje, os alunos precisam saber para que e por que precisam saber determinado assunto. Essa é a típica aprendizagem utilitária, isto é, só aprendo se for útil, necessário para entrar no mercado de trabalho, visando ao retorno financeiro.


A internet invade nossos lares com todas as suas cores, seus movimentos e sua velocidade, fazendo o impossível tornar-se palpável, como navegar pelo corpo humano e visualizar a Terra do espaço sem sair do lugar. É difícil, portanto, prender a atenção do aluno em aulas feitas do conjunto lousa e professor.


A escola precisa modernizar-se a fim de acompanhar o ritmo da sociedade e não se tornar uma instituição fora de moda, ultrapassada e desinteressante. Embora lentamente, ela está fazendo isso. Saber que o aluno aprende com o que lhe prende a atenção todos sabem. A questão é: estão os professores, as escolas e os sistemas de ensino preparados para tal mudança?


Aulas modernizadas pelo uso de recursos tecnológicos têm vida longa e podem ser adaptadas para vários tipos de alunos, para diferentes faixas etárias e diversos níveis de aprendizado. O trabalho acaba tendo um retorno muito mais eficaz. É importante, no entanto, que haja não apenas uma revolução tecnológica nas escolas. É necessária a revolução na capacitação docente, pois a tecnologia é algo ainda a ser desmistificado para a maioria dos professores. 


Existe uma infinidade de programas disponíveis para montagem de exibições de slides, de atividades interativas e jogos; porém, alguns professores não sabem como utilizá-los. Utilizar o computador em sala de aula é o menor dos desafios do professor: utilizar o computador de forma a tornar a aula mais envolvente, interativa, criativa e inteligente é que parece realmente preocupante. O simples fato de transferir a tarefa do quadro-negro para o computador não muda uma aula. É fundamental que a metodologia utilizada seja pensada em conjunto com os recursos tecnológicos que a modernidade oferece. O filme, a lousa interativa, o computador, etc., perdem a validade se não se mantiver o objetivo principal: a aprendizagem.


Os recursos tecnológicos devem servir como extensões do professor. Ideias abstratas tornam-se passíveis de visualização; o microscópico torna-se grande; o passado torna-se presente, facilitando o aprendizado e transformando o conteúdo em objeto de curiosidade e interesse. O essencial é que as aulas obedeçam a uma cadeia de ideias que deixe o aluno orientado em relação ao que está aprendendo. Cada aula não é uma aula, e sim uma aula que veio antes de uma aula e depois de outra. O aprendizado deve ser interligado.


O papel do professor, segundo essa teoria, é o de mediador, auxiliando o aluno a alcançar seu potencial máximo, aproveitando todos os benefícios educativos que os recursos tecnológicos podem oferecer. O vídeo, por exemplo, é um grande aliado da ação pedagógica, já que está diretamente ligado ao conceito de lazer. Desse modo, o professor traz para a sala de aula um elemento da realidade do aluno, fugindo da linguagem tradicional da escola, que é normalmente o padrão escrito.


São muitos os benefícios trazidos pelos recursos tecnológicos à educação. Contudo, é preciso que o professor conheça as ferramentas que tem à sua disposição se quiser que o aprendizado aconteça de fato. O uso das tecnologias na escola está além de disponibilizar tais recursos; ele implica aliar método e metodologia na busca de um ensino mais interativo.








[1] Douglas Ferreira Tomé – Professor Orientador de Informática Educativa – POIE, da Emef Mauro Faccio Gonçalves – Zacaria e Especialista em Tecnologias na Aprendizagem. Formador do curso: Tecnologias na Aprendizagem – PROVE 2013.
[2] Texto elaborado pelo Professor Marcelo Pereira Xavier – EMEF Profa. Carolina Rennó Ribeiro de Oliveira
[3]Professora Trinidad de Jesus Hinojosa – EMEF. M’Boi Mirim III – Adaptado do texto de Renata Beduschi de Souza)

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